Mídia digital à prova de recessão
Deu na Jump:
No meio de expectativas negativas com relação às mídias tradicionais, os meios digitais dão sinal de vitalidade: veja o porquê.
Por:
Maristela Alves
Editora JumpExec
Parece não haver dúvidas de que a economia norte-americana viverá uma recessão neste ano de 2008. Embora os analistas acreditem que não será algo catastrófico, a queda do nível de atividade da economia dos Estados Unidos certamente afetará os orçamentos de mídia naquele mercado – com conseqüências, claro, para o resto do mundo.
Muitas pesquisas divulgadas nestes primeiros dias do ano expressam pessimismo com relação aos investimentos em mídia. Os principais bancos de investimentos de Wall Street, como Goldman Sachs e Sanford Bernstein, expressam preocupações sobre os desempenhos de redes de televisão, estação de rádio e jornais – mas poupam os meios digitais das previsões pessimistas.
Os bancos apontam uma queda de faturamento que pode chegar a 20% para empresas do porte da CBS. Outros gigantes como a Disney também não devem ter um ano dos mais promissores.
No entanto, todas as previsões apontam crescimento nos segmentos de mídia digital em geral, seja internet, mobile marketing ou games. Se isto acontecerá no mercado americano, as probabilidades de que algo parecido também ocorra aqui no Brasil são bem factíveis.
JumpExec analisa aqui o porquê das mídias digitais parecerem imunes à recessão:
Segmentação.
Num momento onde os investimentos em mídia tendem a se retrair, a busca por retorno garantido e eficácia fica ainda mais decisiva. Ora, um dos principais pilares do marketing digital é exatamente a premissa da segmentação – campanhas que atingem o prospect correto, na hora certa, e no lugar certo. Ou seja, o investimento mais oportuno para momentos de “pouco dinheiro em caixa”.
Riscos reduzidos.
Maior eficácia significa menos custos, e, portanto, menos risco. Afinal, para quê investir uma quantia num meio que não oferece um retorno tão garantido e controlado, num momento de retração de investimentos?
Viralidade e convergência.
Um banner, um vídeo no YouTube, um e-mail marketing podem ser repassados ou indicados para outras pessoas além daquelas às quais a campanha é direcionada, gerando um alcance maior e aumentando assim o retorno do investimento. Claro que não se pode contar com um aumento imediato de vendas apostando apenas nisso, mas num tempo de vacas magras, com budgets restritos, por quê não ser otimista?
Parece, então, que a mídia digital é o melhor dos mundos. Você investe o pouco que tem e obtém um retorno positivo que jamais esperaria. Mas, um momento: você precisa pensar na estratégia digital, senão você perderá dinheiro mesmo fazendo marketing digital. Então, vale a pena prestar atenção nessas dicas:
Definir claramente o papel da mídia online em seus objetivos de marketing.
Você precisa otimizar seu orçamento – então, seja claro: o que você quer que as campanhas de banners, o marketing viral ou mesmo o mobile marketing façam por você? Estude bem cada possibilidade e ajuste seus investimentos. Aumento de cadastro, promoções específicas para um produto? Cada necessidade implica numa ação de marketing mais adequada.
Pesquisar quais veículos são os mais adequados.
Depois da definição de objetivos, escolha os veículos. Os budgets online precisam ser construídos a partir de um objetivo principal. Desenvolva critérios de avaliação que lhe ajudarão a determinar a quantidade de ações necessárias para atingir uma escala desejável. Balanceie os investimentos em cada veículo, analise se é mais negócio anunciar em mais de um portal ou investir somente em links patrocinados, por exemplo. E, claro, fique atento às métricas de cada ação: elas certamente lhe mostrarão, preto no branco, o que está funcionando e também podem mostrar o caminho para prováveis correções de rota a tempo de evitar perdas– o que é essencial nos tempos atuais.
Pesquise o mercado.
Custo e eficiência são os dois fatores mais importantes para se definir a parte online de um orçamento de mídia. Pesquise o mercado no qual você está propenso a investir em mídia online, obtenha relatórios dos institutos de pesquisa para saber os números de conversão de vendas online dentro do público a ser atingido e os compare com os números de conversão de outras mídias. Desta forma, você terá condições de elaborar um orçamento equilibrado.
Fique atento às novidades.
Apesar do conservadorismo que é necessário adotar em momentos onde os orçamentos não são tão exuberantes, saiba que a mídia digital é veloz, volátil e mutante, não importa se há recessão ou não. Acompanhe o que seus concorrentes estão fazendo, verifique o desempenho destas campanhas, faça benchmarking. Assim, você se habilita a conseguir resultados ainda mais expressivos nos momentos em que a economia anda mais depressa.
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